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  • Data 15 de Maio de 2012

Oficina dos Sentidos

A oficina dos sentidos foi idealizada pensando-se em propor ao estudante de Medicina experiências de caráter subjetivo dentro do contexto das deficiências motoras, auditiva e visual. Partimos do pressuposto que não deve existir nem preconceito nem desvalorização dessa temática dentro do nosso contexto como futuros profissionais da área da saúde. O evento foi feito baseado em atividades simples, porém de importante repercussão, pois essas propuseram aos estudantes uma reflexão das dificuldades enfrentadas pelos pacientes deficientes e, dessa forma, a compreensão da importância da humanização do nosso trabalho e da compreensão da importância da luta por questões da acessibilidade.

O evento se baseou em 3 atividades simultâneas que abordaram a temática das deficiências(auditiva, motora e visual). A primeira atividade foi a Sala, a sala BlackOut, a qual ficou completamente escura (só com pontos específicos de iluminação para os participantes do lc não se perderem) e os estudantes de medicina ainda foram vendados ao entrar. Entravam duplas sempre guiadas por um integrante do nosso LC. Nessa sala, houve um percurso na qual essas pessoas passaram por algumas mesas, nas quais havia, em cada uma delas, uma breve atividade. Eram 3 mesas. Na primeira houve degustação de variados sabores (doce, salgado, azedo...) com frutas, gelatinas de variados sabores, salgadinhos, suco e chocolate. Na segunda mesa, houve a experimentação do tato. Havia 2 vasilhas com gel de cabelo e com objetos dentro de cada uma. A pessoa deveria descobrir qual objeto estava lá com apenas uma mão. Colocamos objetos simples como moeda, tampa de garrafa e outro mais complicado, balão de encher com farinha de trigo dentro (devido a dificuldade de dizer a forma). Na última mesa os visitantes experimentaram a audição. Colocamos fones de ouvidos com trilha sonora composta por vários sons randômicos em cortes rápidos (em média de 15 a 20 segundos) e pedimos que para cada som ou música a pessoa pensasse em um local ou sensação que aquele som a lembrava. Assim, levamos a pessoa a "viajar" para vários locais rapidamente. Ao final, os visitantes eram desvendados e passávamos um vídeo de 5 minutos simples com a temática da linguagem LIBRAS. No final do vídeo houve o convite a participar do curso de Libras que nosso LC promoverá. Servimos bolo para os visitantes durante o vídeo como atrativo extra. Na fila de espera para entrar na sala, colocamos fotos das campanhas do nosso comitê local juntamente com um mural e outras decorações. A segunda atividade realizada foi o Percurso SerDiferente que, ao contrário da sala BlackOut, foi uma atividade ao ar livre a qual se baseou em um desafio ao estudante de medicina a "vestir" a deficiência motora de seu paciente e fazer um pré-determinadopercurso sobre cadeiras de roda. O percurso ocorreu no próprio campus da nossa faculdade e os estudantes tiveram que passar pelas dificuldades da péssima acessibilidade presente em nosso meio. O trajeto teve, em média, 80 metros. A origem foi no Centro Acadêmico da Medicina com término no Bloco Didático. Por fim, a terceira atividade foi uma palestra sobre LIBRAS. A palestra durou uma hora 1 hora e 10 minutos e abordou dados gerais sobre a Linguagem dos sinais brasileira e da importância para o nosso contexto médico. A palestrante levou depoimentos de pacientes que ela própria havia colhido e interagiu com a plateia fazendo perguntas sobre a vivência com pacientes surdos. A palestrante utilizou slides para ministrar sua aula.

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